Volodimyr Zelensky, diante do fim iminente, debate-se contra a avaliação generalizada de fracasso militar, pela OTAN, pelos EUA e por seus próprios militares.
Scott Ritter: "O futuro de Zelensky já está escrito".
Neste dezembro/2023, Zelensky nega-se a realizar novas eleições presidenciais em 2024. Em março/2023, já havia proibido o funcionamento de 11 partidos opositores, mas mantivera os partidos neo-nazistas Svoboda e Pravyi Sektor.
Dado o estado lastimável da Ucrânia tanto no campo de batalha quanto em casa, o presidente Volodymyr Zelensky provavelmente enfrentará reação sem precedentes de seus próprios militares em futuro próximo.
Após o fracasso de sua contraofensiva de verão, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deve enfrentar seu futuro sombrio, afirma um ex-inspetor de armas da ONU.
Em entrevista ao apresentador do YouTube Danny Haiphong, Scott Ritter, um ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Ritter fez avaliação dura da notoriamente mal sucedida contraofensiva ucraniana inicada no verão de 2023.
"A contraofensiva acabou. Foi uma derrota estratégica para os ucranianos e para o Ocidente coletivo. Creio que vamos ver agora os russos, após terem absorvido o golpe ucraniano, irão lentamente partir para a sua contraofensiva e começar a pressionar os ucranianos",
enfatizou Ritter.
"Os russos estarão na iniciativa a partir de agora. E a linha ucraniana irá entrar em colapso."
A incapacidade da Ucrânia de garantir qualquer tipo de sucesso tangível no campo de batalha levará a turbulências políticas em Kiev, argumentou o especialista. E Zelensky poderá enfrentar a fúria de seus soldados.
"Eles se sentem traídos pela incompetência de Zelensky. Especialmente quando fica claro o quão corrupto ele é, e quão corrupto é seu governo. Todo mundo sabe disso",
ressaltou Ritter.
"Há um ressentimento crescente em relação a isso. Tem gente que não está recebendo a aposentadoria. Pessoas que não estão recebendo atendimento saúde de que precisam por causa da corrupção."
Ritter observou como o EUA estão financiando todo o país, o pagamento de salários a funcionários públicos, aos militares e aos profissionais de saúde — Washington ignora completamente as mesmas necessidades nos EUA.
"Como americano, fico indignado com isso. Se você vai fazer isso lá, primeiro, faça aqui. Vamos cuidar do problema da imigração. Vamos cuidar da água suja em Flint, Michigan. Vamos cuidar do problema dos moradores de rua. Vamos cuidar de todos aqueles viciados nas ruas de São Francisco e Los Angeles. Vamos cuidar da América antes de começarmos a cuidar da Ucrânia",
concluiu.
Recentemente, a mídia ucraniana deu cobertura substancial às crescentes tensões entre o presidente Zelensky e o general ucraniano Valery Zaluzhny. O comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia admitiu que "as forças ucranianas chegaram a um impasse", em entrevista à revista britânica The Economist.
Zaluzhny foi criticado por essa declaração e Zelensky correu para refutá-la.